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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Um exemplo a seguir...

Isto foi o início da luta:
"Dezasseis mil enfermeiros finlandeses ameaçam com uma demissão em massa, ainda esta segunda-feira, caso não lhes seja conferido um aumento de ordenado de 24%. O sistema de saúde finlandês está, assim, em risco de parar.

É a primeira vez que todo um sector profissional pode demitir-se. Este domingo, a equipa de mediadores apresentou uma proposta para ultrapassar o diferendo. Embora não se conheçam pormenores, sabe-se que os aumentos propostos deverão vigorar por um prazo de quatro anos.

Sindicato dos enfermeiros e autoridades locais que os empregam, vão reunir-se, em separado, esta segunda-feira à tarde, cerca das 16:00 de Lisboa, para decidir se aceitam os termos do acordo.

O Governo finlandês é que não ficou à espera. Para minorar o impacto das eventuais demissões, pediu auxílio aos países vizinhos. Hospitais alemães e suecos já estão a postos.

Também o parlamento da Finlândia aprovou sexta-feira uma lei para impedir os 2600 enfermeiros dos serviços de urgência de se juntarem aos colegas. Caso contrário, ficam sujeitos a multas.

Mas os enfermeiros parecem irredutíveis. Para além de poderem demitir-se ameaçam continuar a manifestar-se, até ver resolvida a sua situação."
(Fonte: TVI)

E este foi o resultado:

"As autoridades finlandesas chegaram a acordo com o TEHY, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e da Assistência Social, que também representa os enfermeiros. Perante a ameaça de demissão em bloco, foi anunciado que os enfermeiros ligados ao TEHY vão ser aumentados entre 22 a 28% ao longo dos próximos quatro anos.
O acordo salarial, alcançado no dia em que os cerca de 12.500 enfermeiros filiados no TEHY tencionavam rescindir em massa os seus contratos, vai ao encontro da pretensão destes profissionais. Assim, os profissionais de saúde serão aumentados entre 350 e 650 euros ao longo do referido período de tempo. O consenso foi alcançado entre esta unidade sindical e os municípios finlandeses, que são quem naquele país é responsável pela gestão e pelo financiamento dos hospitais públicos. (...)
As exigências salariais formuladas tinham como base a promessa de aumentos salariais efectuada pelo actual Governo durante a campanha eleitoral daquele país. É que, tal como era afirmado pelo TEHY “apenas um salário que reflicta e recompense com justiça as dificuldades da enfermagem enquanto profissão poderá manter os enfermeiros na sua posição em defesa da saúde dos doentes”. O acordo agora alcançado vem sublinhar a importância na sociedade não só dos enfermeiros, mas de todos os profissionais de saúde a quem se estende este aumento." (Fonte: Ordem dos Enfermeiros)

Agora penso eu, até quando uma acção destas em Portugal, sendo nós mais de 50.000 enfermeiros inscritos na Ordem dos Enfermeiros?! Terão os enfermeiros vontade e CORAGEM para agir contra a vontade do Governo, e ver assim alcançado um salário justo, com condições dignas?!

4 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pela abertura do blog. Já está adicionado no Cogitare às passagens de turno!

Continuação

PS disse...

Obrigado pela visita. E também pelos parabéns.

Já era um leitor assíduo do seu blog, e continuarei a ser.

hikawa disse...

Sinceramente, parabéns pelo blog caro colega formado na minha escola!:)
Quanto a essa noticia comento apenas o seguinte: possibilidade de ocorrer no panorama portugues? Entre 0 e 1x10^-100000%.
Razões? Somos, infelizmente, uma classe que diz ser unida quando na verdade conseguimos cair nas fissuras que a percorrem...
Como planos para o futuro e sugestões lanço o mote de realizarmos o mesmo cá em Portugal!
Quem está de acordo???

PS disse...

De facto colega, cá em Portugal infelizmente não temos essa união. E por isso mesmo, tudo e todos se aproveitam dos Enfermeiros, salários injustos, classe profissional sem valor.

Eu alineo nessa ideia. No entanto, seria preciso desrespeitar a regra dos serviços mínimos durante a greve, algo que eu discordo. Penso que, quando e faz greve, por uma justa causa, se deve fazer greve, não uma simulação dela.

E ai sim, o governo sentiria o poder dos Enfermeiros.

E já agora, obrigado por visitar o blog.